segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

A inolvidável ribeirinha

Sinto jorrar no peito uma intensa saudade,

tive que partir-fui obrigado,

mas levei comigo o teu sorriso cativante.

Vivemos momentos que se perpetuaram

na memória.

Não me sai do pensamento aquele teu jeitinho

de menina inocente,

nem a tua alegria incansável de ser linda

todo dia.

Eras inebriante, de rios ilimitados, de manhãs aconchegantes

e uma beleza paisagística.

Lembro-me quando juntos saíamos à passear

no teu universo colorido

e ás margens de tuas fontes salutantes

nos entregávamos a magnitude inefável

do teu prazer.

Pena minha inovidável ribeirinha,

pena que agora seje apenas lembranças,

mas o meu desejo não se cansa em querer-te

como antes.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

O ex-sonhador

Esvaiu-se o alvor do véu
na escuridão vasta da nebulosidade
o ocidente ficou lívido
nas dimensões lúgubres da infinidade
e nos escombros sinistros do destino
o horizonte calou-se o seu fulgor.

Esquecidos foram os sonhos tantos
a vida tão pujante já não tem nehum valor
o futuro não é mais a esperança
e o tema preferido deixou de ser o amor

Os sentimentos estão esfacelados
o sorriso imaculado, ficou tenebroso
em luto, a alm'agoniza entorpecida
e o merencório coração, jorra sangue embranquecido.

No dilema de uma realidade turva:
a sina agora é vagar inconsciente,
pela incerteza truculenta de um tempo.


Esquecidos foram os sonhos tantos

Causticado

Racismo, preconceito,
isso é repugnante!...
Eu não tenho uma chance
sou mais um nesta cidade
aprisionado na própria liberdade
não tenho amigo
não tenho emprego
não tenho dinheiro
nem paradeiro
pela polícia ando perseguido
sou visto como um bandido
voto de eleição em eleição
mas ninguém me vê com cidadão
entorpecido pela dor da fome
não lembro mais ne o meu nome
nesse mundo extenuado
dizem até que em drogas sou viciado

Será que tudo issoé por quê sou negro?
Ou por quê ando rasgado?
Por quê sou tão humilhado?
Isso não é discriminação?
Por quê nniguém me estende a mão?

Racismo preconceito,
isso é repugnante!...

Mais que uma ilha

Mais que uma iha
um sonho permanente
tu és um paraíso, pomposa
a flor mais bela, deusa fagueira, venturosa
tens na tua alma a arte escrita
e no teu seio amor que não se limita.

Olor da pureza, dádiva da natureza
maestria das rimas e estética beleza
o teu universo é como o arco-íris
os teus prodígios são infindáveis
nas tuas fontes reverbera o sol da inspiração
e nas tuas planícieis, a lua da constelação.

Cantas em versos e prosa
és poesia, magia, uma melodia
a lembrança que para sempre fica
és hospitaleira, aconchegante, o paradeiro
Mosqueiro, tu és paixão que contagia
a vida inteira

A ilha....


Oh! Que ilha amada e maravilhosa,
é um paraíso a tua formosura;
ilha d'água doce, clara e pura;
uma ilha límpida e esplendorosa.

Oh! Que ilha tão bela, de alma tão próspera,
de luar tão claro e vento tão brando,
de céu tão estrelado e ar purificado;
uma ilha venusta e tanta cultura.

Oh! que ilha fértil, de um sol imponente;
ilha cristalina e tanta riqueza;
uma ilha ardente de tanta gente.

És a ilha dos sonhos, és mui querida!
Só não te goza quem não te conhece
e entre tantas és a preferida!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A festa

Era um lugar fadado,
cercado das flores mais belas.
Um mágico cenário
para a realização duma festa luxuosa,
em homenagem às estrelas mais brilhantes.
Todos os convidados compareceram àquela solenidade:
A noite albente vestia o manto sagrado;
O céu estava deslumbrante com um colar de pérolas;
A lua cheia oscilava banhada do ouro mais puro;
A brisa serena tocava a todos como uma noiva virginal,
mas ninguém chamava tanta atenção como as protagonísta do evento.
Só que no meio daquela festa, eis que surge
uma tímida e linda estrelinha,
com trajes humildes e um semblante inocente,
trazendo com ela um sorriso espontâneo,
um olhar envolvente;
deixando os convidados radiantes,
mas pálidas e doentes de invejas as donas da festa,
porque viram que a estrelinha tinha o brilho
mais forte que o delas.