Esparze aquela doçura espontânea,
Ditosa e benigna pupila olente,
E dá-me o lis da vossa nívea,
Como o esplêndido luzir do ocidente!
Esvoaça aquele encanto selênico,
Sobre as águas argênteas, docemente,
E dá-me a luz do vosso olhar angélico,
Como o etéreo fulgor do sol ponente!
Deusa devota e extrema castidade,
Como a brisa que beija a noute amena,
Dá-me, dá-me a vossa infinda beldade!
Oh, céus! Oh, incessante desventura!
Como pode viver valer a pena,
Se tenho na fortuna tanta agrura?
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